Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no Brasil está bem abaixo do esperado. Entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, foram distribuídas 6.370.966 doses, mas apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, o grupo-alvo definido pelo Ministério da Saúde.
🔒 Detalhes da vacinação:
A faixa etária escolhida concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois dos idosos, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, ainda não foi liberado pela Anvisa. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.
Em janeiro de 2024, 521 municípios foram selecionados para iniciar a imunização na rede pública. Atualmente, todas as unidades federativas recebem doses, com critérios de distribuição baseados na transmissão da dengue e no tamanho populacional. A limitação no fornecimento de doses pelo fabricante foi um dos fatores para a definição do público-alvo.
📅 Dados e preocupações:
A Rede Nacional de Dados em Saúde aponta que metade das doses distribuídas ainda não foi aplicada. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa adesão, destacando que o imunizante está disponível para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades onde a doença é mais frequente.
O ministério também informou que a baixa disponibilidade da vacina Qdenga faz com que a vacinação não seja a principal estratégia de combate à dengue. O foco do governo é o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, por meio do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses.
🔹 Situação atual da dengue no Brasil:
Em 2024, o Brasil registrou a pior epidemia de dengue da história, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes. Em 2025, o Painel de Monitoramento das Arboviroses já contabiliza 230.191 casos prováveis e 67 mortes confirmadas, além de 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência atual é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.
O sorotipo 3 da dengue voltou a ser detectado em diversas regiões do país, o que preocupa as autoridades de saúde, pois não circulava de forma predominante desde 2008, deixando grande parte da população suscetível à infecção.
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