Nos últimos dias, a influencer Tati Cerqueira trouxe à tona um ponto crucial sobre o programa Farmácia Popular, que está sendo vendido como “tudo gratuito” pelo governo. Mas a realidade para as farmácias não é tão simples quanto se parece – e essa parte da história muitos blogueiros do Rio Grande do Norte preferem omitir.
Como o governo promete medicamentos gratuitos sem cobrir os custos?
Tati Cerqueira explicou de forma clara: o governo paga um valor muito abaixo do custo real dos medicamentos e produtos para as farmácias. Com isso, muitas drogarias já deixaram de vender remédios importantes porque simplesmente não conseguem arcar com o prejuízo.
Ela citou exemplos concretos:
➡️ Fraldas geriátricas: o governo paga apenas 1/3 do valor que as farmácias pagam ao fornecedor. Como podem ser oferecidas gratuitamente?
➡️ Forxiga (remédio para diabetes): custa R$ 200,00. Antes, o governo cobria R$ 80,00 e o paciente pagava R$ 120,00. Agora, o governo promete gratuidade, mas continua pagando somente R$ 80,00. Quem cobre o restante?
➡️ Outros medicamentos já retirados das prateleiras: Propanolol e Espironolactona já são exemplos de remédios que várias farmácias pararam de vender, pois o governo não cobre o custo total.
O problema real que a mídia esconde
A promessa de gratuidade sem um reajuste adequado dos repasses está colocando as farmácias contra a parede. Elas não podem cobrar do cliente, mas também não podem bancar o prejuízo. Assim, a solução inevitável é deixar de vender os medicamentos que não têm repasse justo.
Enquanto isso, blogueiros alinhados ao governo ignoram esse detalhe e continuam divulgando apenas a parte “bonita” do programa, sem mostrar o impacto real nas farmácias e, principalmente, nos pacientes que podem acabar sem acesso aos remédios.
A verdade por trás da propaganda
Se o governo não rever os valores de repasse para as farmácias, mais medicamentos podem desaparecer do Farmácia Popular. Então, se você chegar em uma farmácia e não encontrar certos remédios, já sabe o motivo: o problema não está na farmácia, mas na política de repasses do governo.
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