O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes “não passa de um tiranete de beira de estrada”. Além disso, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dirigindo-se a Moraes, opinou: “Sem a sua caneta, você é uma mariquinha.” A declaração ocorreu nesse domingo (23), um dia após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro.
Ao expor o que considera ser uma diferença de tratamento entre os dois lados do espectro, o deputado faz uma promessa: “Moraes, eu vou trabalhar o resto da minha vida inteira para provar os crimes que você cometeu. […] Pode prender meu pai aí, talvez vá condená-lo à morte, lamento. […] Se você acha que aqui a gente vai parar, eu te garanto: a gente vai dobrar a aposta, porque a gente sabe como você é.”
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos. No Brasil, enfrenta uma ação no STF por suposta coação e obstrução às investigações. Eduardo critica a conduta: “Eu não posso ter o direito de achar que é uma perseguição? […] Aí você censura a gente e a gente não pode expor a sua censura.”
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Moraes prendeu Bolsonaro após violação em tornozeleira e vigília
Moraes decretou a prisão preventiva de Bolsonaro no âmbito do inquérito sobre coação no curso do processo, relacionado à suposta articulação de Eduardo por sanções contra autoridades brasileiras. O ministro é um dos sancionados pela lei Magnitsky. O ex-presidente já estava em prisão domiciliar. Moraes, no entanto, considerou uma violação da tornozeleira eletrônica com ferro de solda e uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para argumentar risco de fuga.
Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma, em plenário virtual, decide se mantém ou não a decisão de Moraes. Além do próprio, indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), o colegiado possui três ministros indicados pelo presidente Lula (PT): Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e o presidente, Flávio Dino.
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