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Seguimos todos os passos adequados no processo de liquidação do Master, diz Galípolo | Finanças

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Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (25), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária seguiu todos os passos adequados no processo de liquidação do banco Master.

Segundo ele, a descoberta de irregularidades no banco de Daniel Vorcaro pela autarquia se deu em meio a processos que envolviam a caracterização dos ativos. Galípolo disse ainda que é papel do BC cumprir o gabarito legal e que não cabe à autarquia julgar a conveniência de um ativo.

Galípolo argumentou que a cobrança de juros mais altos ou mais baixos, por si só, não constitui motivo para a liquidação de uma instituição financeira. Segundo ele, o ponto crucial é o adequado casamento entre ativos e passivos, de modo a evitar problemas de liquidez ou solvência.

“Se você não tem um descasamento entre seu ativo e passivo, a impossibilidade de captação novas não deveria gerar problema de liquidez, porque você vai começar a receber dos seus ativos e você vai com ele começar a pagar os seus passivos”, disse.

Ele explicou aos senadores que a atividade bancária se baseia na captação de recursos de terceiros e na concessão de crédito. O banco obtém lucro quando paga juros menores do que aqueles que cobra.

Ao montar sua carteira, destacou, a instituição estrutura seus ativos a partir das características de seus passivos, avaliando prazos de pagamento, perfil das dívidas e disponibilidade de liquidez, por exemplo.

Também na audiência pública, o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Saadi, afirmou que o papel do órgão é o de receber a comunicação de operações suspeitas, oriundas de pessoas obrigadas, e encaminhar para a Polícia Federal e para o Ministério Público. “E isso foi feito”, reiterou.

Saadi também reconheceu que as chamadas “contas-bolsão” se tornaram, de fato, um problema por terem sido usadas para práticas criminosas.

Ele afirmou, porém, que a expectativa é de que esse tipo de conta deixe de representar risco após a regulamentação adotada pelo Banco Central.

“Quando criamos um instrumento, se cria instrumento pensando no aspecto positivo do mesmo, e assim foi feito quando foi ampliado essas contas. Isso facilita o pagamento de grandes conglomerados, como Amazon, Mercado Livre e outros. Mas os criminosos vão sempre se adaptando e procurando brechas”, comentou.

Saadi explicou que, após identificar o uso das contas por organizações criminosas, o Coaf, o Banco Central e a Polícia Federal articularam a análise dos problemas envolvidos e as medidas necessárias para corrigi-los.

“A partir disso, o Banco Central soltou regulamentação e posso dizer que esse tipo de conta tende a não ser mais um problema a partir dessa regulamentação que foi colocada e feita pelo Banco Central”, comentou.

No início de novembro, o BC aprovou regras que determinam o encerramento das “contas-bolsão” irregulares, utilizadas para ocultar transações financeiras de terceiros. Esse tipo de conta estava sendo usado para atividades ilícitas e apareceu em investigações como a da operação Carbono Oculto.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo — Foto: Ton Molina/Bloomberg

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