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Joia energética promete transformar a economia argentina

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Uma colossal formação geológica localizada na Patagônia contendo o que é tido como uma das maiores reservas não convencionais de gás e petróleo do mundo promete transformar a economia argentina.

Em outubro, o país superou seu recorde anterior de produção nacional ao atingir a marca de 859.500 barris de petróleo bruto por dia, ultrapassando o recorde de 847.000 barris registrado em 1998.

Esse progresso está diretamente ligado à alta produtividade de Vaca Muerta, uma vasta área de xisto que mantém a produção não convencional na bacia de Neuquén com um crescimento anual de 30%, compensando o declínio de 7% registrado na produção convencional no restante das bacias. A área constitui a segunda maior reserva mundial de gás de xisto e a quarta maior de petróleo não convencional.

De acordo com dados oficiais, atualmente a reserva contribui com 60% do abastecimento total do país, com mais de 515.000 barris por dia. Quatro anos atrás, a produção era de 280.000 barris por dia.

Graças à reserva, no ano passado a Argentina exportou mais energia do que importou pela primeira vez em 14 anos. Esse movimento é uma das apostas do governo de Javier Milei para reverter o declínio econômico experimentado há anos em seu país.

De acordo com a revista The Economist, a Argentina deve ultrapassar ainda neste ano a Colômbia, que produziu quase 800 mil barris por dia, como o terceiro maior produtor de petróleo bruto da América do Sul. Na frente, aparecem a Venezuela, que enfrenta um bloqueio de suas operações relacionadas ao petróleo (o país produz quase 1 milhão de barris por dia), e o Brasil, que produz mais de 3 milhões.

Ainda, de acordo com a publicação, as estimativas sugerem que o negócio do xisto poderia ajudar a criar entre um quarto e meio milhão de empregos até o início da década de 2030.

Sob a administração de Javier Milei, a região ganhou novo impulso com a flexibilização dos controles cambiais, a remoção de barreiras regulatórias e a concessão de isenções fiscais de longo prazo.

Em novembro, em um raro entendimento entre os governos de Milei e de Lula (PT), o Brasil assinou um acordo com a Argentina que prevê a importação de gás de Vaca Muerta.

A expectativa é que o país compre até 30 milhões de metros cúbicos ao dia de gás da Argentina até 2030, segundo informou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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