Após pressão, governo cede e confirma reajuste do piso salarial
Após forte pressão e greve deflagrada pelos professores da rede estadual, a governadora Fátima Bezerra (PT) voltou atrás e anunciou o pagamento do reajuste do piso salarial para toda a categoria. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (24) durante uma reunião entre o governo e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN).
Até então, o governo estadual afirmava que só poderia conceder o reajuste para os profissionais que recebiam abaixo do piso nacional, estabelecido pelo Ministério da Educação em R$ 4.867,77 para 2025. Para os demais, alegava impedimentos judiciais.
Nova proposta do governo
Na reunião, a equipe econômica do governo propôs um reajuste de 6,27% para toda a categoria, incluindo aposentados e pensionistas, sendo dividido da seguinte forma:
- 3% a partir da folha de abril;
- 3,25% a partir da folha de dezembro.
A proposta será avaliada pelos professores em assembleia geral marcada para esta terça-feira (25), na Escola Estadual Winston Churchill, em Natal.
Fátima Bezerra tenta conter crise e evitar agravamento da greve
Diante da pressão da categoria e da paralisação, Fátima Bezerra justificou a decisão como um esforço do governo para viabilizar o pagamento integral do reajuste e reconhecer o papel da educação no estado.
Em publicação nas redes sociais, a governadora declarou:
“Hoje, em reunião com o Sinte, avançamos no diálogo sobre o reajuste do piso do magistério. Determinei às nossas equipes jurídica e econômica que façam todo o esforço para viabilizar o pagamento integral e paritário a toda a categoria, reconhecendo o papel fundamental da educação na transformação social”.
A decisão do governo ocorre em um momento de grande insatisfação dos professores, que enfrentam dificuldades com atrasos salariais e falta de estrutura nas escolas. A categoria promete manter a mobilização e aguardar a aprovação da proposta em assembleia.
A greve dos professores do RN segue como um dos maiores desafios da gestão de Fátima Bezerra, que já enfrenta dificuldades em outras áreas, como segurança pública e saúde. Agora, resta saber se a nova proposta será suficiente para encerrar o movimento grevista.
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