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Ata mostrou Copom menos conservador, mas mensagem ainda é dura, avalia Bmg | Finanças

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Menções à desaceleração da atividade e da inflação corrente, bem como uma redução nas expectativas do mercado para o IPCA, fizeram com que investidores enxergassem um tom menos conservador na ata da reunião do Copom da semana passada, em comparação com o comunicado, diz Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg. Para ele, contudo, a mensagem dos diretores do BC ainda é dura e afasta a possibilidade de corte da taxa Selic ainda neste ano.

“[O Copom] Está tendo a confirmação de que o cenário em curso evolui com o que ele espera. Isso dá certo conforto, mas a questão toda é que ainda há incertezas”, diz Serrano. Na sua visão, a ideia central que o Copom quis passar é de que o momento é de manter a Selic em 15% para ter a confirmação de que a inflação cairá à meta de 3% ao longo do tempo.

Nesse sentido, o economista entende que a chance de que o BC comece a flexibilizar a sua política monetária em dezembro “diminuiu muito” e, para que isso aconteça, algo inesperado terá de ocorrer até a última reunião do Copom em 2025.

“O Copom está mais confortável por ter a confirmação do seu cenário-base, mas ter espaço para cortar é uma coisa completamente diferente”, avalia Serrano, que enxerga no mercado de trabalho forte e na desancoragem das expectativas de inflação em relação à meta os dois principais pontos que devem seguir norteando a postura mais conservadora do comitê.

O cenário-base do Bmg é de que os cortes terão início da reunião de janeiro do Copom, com uma redução de 0,25 ponto percentual, para 14,75%. O risco, contudo, é de que essa decisão seja adiada para março com base em um mercado de trabalho ainda forte; uma inflação de serviços pressionada; e expectativas de inflação ainda muito elevadas.

Para Serrano, nem mesmo o ciclo de corte de juros do Federal Reserve (Fed) e uma possível continuação da tendência global de depreciação do dólar seriam suficientes para antecipar a flexibilização monetária no Brasil. “Acho que o cenário doméstico é mais importante. Um câmbio (real sobre o dólar) mais valorizado e os cortes do Fed não são capazes de abrir espaço para um corte em dezembro”, diz o economista.

Flavio Serrano, economista-chefe do Bmg — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

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