O bitcoin (BTC) opera em queda nesta quinta-feira (11), com os investidores digerindo as mensagens do Federal Reserve (Fed, banco central americano) após a decisão de juros nos Estados Unidos de ontem. A sinalização de apenas mais um corte de juros em 2026, junto com a menção a membros do comitê que não achavam “apropriado” reduzir os juros mais uma vez, por enquanto pesam mais do que o início da compra de títulos de curto prazo do Tesouro americano (T-bills).
Às 10h12 (horário de Brasília) o bitcoin recuava 2,2% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 90.060, conforme dados do CoinGecko. Em reais, a moeda digital tinha baixa de 2,1% a R$ 491.063, segundo cotação do Cointrader Monitor.
Entre as altcoins, o ether, moeda digital da rede Ethereum, tinha queda de 3,6% a US$ 3.202. Enquanto isso, o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, caía 2,6% a US$ 2,01; a solana (SOL) registrava desvalorização de 4,6% a US$ 131,33; e o BNB (token da Binance Smart Chain) registrava perdas de 2,3% a US$ 867,44.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atualmente era de US$ 3,16 trilhões.
Em relatório, a consultoria Vault Capital afirma que a pressão baixista no bitcoin só se acelera se a criptomoeda perder o patamar de US$ 87.765 no recuo atual. Caso isso ocorra, os consultores preveem um alvo nos US$ 84 mil a US$ 85.500 e, no cenário extremo, busca dos níveis de US$ 78 mil a US$ 75 mil.
“A estrutura saudável depende de segurar a região atual e voltar a ganhar tração rumo à faixa de 92.410”, avalia.
Paulo Aragão, apresentador do podcast Giro Bitcoin, diz que apesar da queda o cenário de médio prazo permanece construtivo. “Se o bitcoin conseguir defender a região das mínimas recentes, ou mesmo levemente abaixo delas, o contexto de maior liquidez gerado pelo Fed tende a favorecer uma recuperação mais adiante”, aponta.
Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, foi registrado ontem um saldo líquido positivo de US$ 223,5 milhões.
O principal responsável pelo fluxo comprador foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 192,9 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas.
Já nos ETFs de ether, o fluxo foi positivo em US$ 57,6 milhões, no terceiro pregão consecutivo de entrada de recursos. O maior alvo das compras foi o ETHA, da BlackRock, com US$ 56,5 milhões.
Por fim, nos ETFs de solana, o saldo foi positivo em US$ 4,9 milhões.
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