O Brasil registrou seu pior desempenho histórico no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado anualmente pela Transparência Internacional. O país caiu para a 107ª colocação entre 180 nações, marcando uma queda significativa desde o início da série histórica em 2012.
🔹 Queda expressiva no ranking internacional:
Em 2022, o Brasil ocupava a 96ª posição, descendo para o 104º lugar em 2023 e agora para o 107º lugar em 2024. Há dez anos, o Brasil figurava ao lado de países da União Europeia, como Itália, Grécia, Bulgária e Romênia. Atualmente, o país encontra-se próximo a nações como Argélia, Nepal, Tailândia e Turquia.
🔹 Notas do Brasil no Índice:
O IPC atribui notas de 0 a 100, onde pontuações mais altas indicam maior percepção de integridade no setor público. O Brasil, que chegou a atingir 43 pontos em 2012 e 2014, recebeu:
- 38 pontos em 2022;
- 36 pontos em 2023;
- 34 pontos em 2024.
🔹 Fatores que contribuíram para a queda:
A Transparência Internacional destacou dez pontos negativos sobre o Brasil no ano passado, incluindo:
- O silêncio reiterado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a pauta anticorrupção;
- A repactuação dos acordos de leniência com empresas envolvidas na Operação Lava Jato;
- O agigantamento e descontrole das emendas parlamentares;
- A aprovação da PEC da Anistia, que funcionou como um “Refis” para partidos políticos;
- A falta de transparência no Novo PAC e a percepção de ingerência política na Petrobras.
🌐 Comparativo internacional:
Os melhores colocados no índice de 2024 foram:
- Dinamarca (90 pontos);
- Finlândia (88 pontos);
- Cingapura (84 pontos).
Os piores colocados foram:
- Sudão do Sul (8 pontos);
- Somália (9 pontos);
- Venezuela (10 pontos).
Na América Latina, os destaques positivos foram Uruguai, Chile e Costa Rica. A Argentina está próxima do Brasil, com 37 pontos, enquanto Peru, Equador e Bolívia estão atrás.
🔹 Posicionamento da CGU:
Em resposta à queda no ranking, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que os resultados devem ser interpretados com cautela, ressaltando as limitações metodológicas dos índices baseados em percepção.
“Diversos organismos internacionais – entre eles ONU, G20 e OCDE – têm discutido a elaboração de novas medidas sobre o tema. A corrupção é um fenômeno complexo e nenhum indicador consegue medir todos os seus aspectos”, disse a CGU.
A Controladoria também destacou que “trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado”.
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