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Conservadora pode se tornar a primeira mulher premiê do Japão

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O conservador e governista Partido Liberal Democrata (LDP) do Japão realiza neste sábado (4) a eleição interna para escolher seu líder, e o vencedor se tornará o primeiro-ministro do país asiático.

Sanae Takaichi, de 64 anos, lidera a maioria das pesquisas e, caso vença a disputa, se tornará a primeira mulher a exercer o cargo de premiê do Japão.

Ela pertence à ala mais à direita do LDP. Ela se opõe, por exemplo, a permitir que casados tenham dois sobrenomes (o que, no Japão, faz com que mais de 90% das mulheres que se casam tenham que abrir mão do sobrenome de solteira), algo atualmente proibido por lei, mas que setores do LDP cogitam autorizar.

Outra posição de Takaichi que gera discussões são suas visitas regulares ao Santuário Yasukuni, que homenageia mais de 2,4 milhões de japoneses mortos em conflitos armados, entre eles criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial.

Quando o ex-premiê Shinzo Abe visitou o local, foi criticado pela China e Coreia do Sul, países que estiveram entre as principais vítimas do Japão no conflito.

Afilhada política de Abe (assassinado em 2022), Takaichi foi ministra da Segurança Econômica e de Assuntos Internos e Comunicações e disse recentemente que planeja se tornar uma “Dama de Ferro” do Japão, em referência à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.

Entretanto, ela não se manifestou adepta da austeridade fiscal: já afirmou que pretende retomar a agenda “Abenomics”, criada por Abe, com grandes investimentos públicos para impulsionar a economia.

Caso seja a vencedora neste sábado, Takaichi pode entrar em rota de colisão com o presidente americano, Donald Trump, pois se disse disposta a revisar um recente acordo entre Tóquio e Washington por meio do qual o Japão concordou em investir US$ 550 bilhões nos EUA em troca de tarifas mais baixas sobre automóveis e outros produtos.

O vencedor da disputa do LDP (e novo premiê do Japão) terá que resolver a crise interna do partido, que na eleição de julho para a Câmara dos Conselheiros, equivalente ao Senado no Parlamento japonês, deixou de ter maioria na casa; já não tinha na Câmara dos Representantes.

O impasse levou o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, que havia chegado ao cargo em outubro de 2024, a renunciar. Acuado por disputas internas, por denúncias de corrupção e pela crise econômica no país, o LDP vê outros partidos, como o novato Sanseito, ganharem espaço no campo da direita japonesa.

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