O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em vídeo publicado neste domingo (23) em seu Instagram, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estaria agindo para tentar retirar seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da disputa presidencial de 2026.
De acordo com ele, Moraes está percebendo que o irmão pode ser um presidenciável e, por isso, “vai fazer de tudo” para tirá-lo da corrida. “Com o nome Bolsonaro ele é muito competitivo. Então, ele [Alexandre de Moraes] vai fazer de tudo para tirar o Flávio da corrida presidencial do ano que vem”, alegou.
Eduardo disse, ainda, que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro foi relacionada à vigília convocada por Flávio Bolsonaro “não sem motivo”, e afirmou que esse método já havia sido usado anteriormente.
Ele citou o episódio em que seu pai recebeu a tornozeleira eletrônica, teve as redes sociais derrubadas e foi colocado em prisão domiciliar, e afirmou que essas medidas “não tinham relação com o processo do golpe”.
Segundo o deputado federal, naquela ocasião Moraes atribuiu a ele [Eduardo] uma postagem feita em suas redes sociais para incluí-lo em uma investigação que, agora, resultou em sua denúncia por coação. Pela qual, segundo afirmou, “muito provavelmente eles vão me condenar, me tornando inelegível”.
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Eduardo Bolsonaro acredita que estratégia vai se repetir com Flávio
Para Eduardo, a mesma lógica estaria sendo aplicada contra o irmão. “Com o Flávio agora, a estratégia vai se repetir”.
O deputado ainda afirmou que há diferença de tratamento entre a vigília pró-Lula, em 2019, quando Lula estava preso, no prédio da Polícia Federal, em Curitiba, que descreveu como “celebrada como democrática”, e a vigília de apoiadores de Jair Bolsonaro, que resultou na prisão do ex-presidente.
Ele classificou essas ações como parte do “modus operandi do regime”, começando por denúncias que abririam caminho para “fortalecimento das sanções” ou aplicação de “sanções a outros atores”. “Como por exemplo, Paulo Gonet [procurador-geral da República], que tem validado todas essas ações ilegais de Alexandre de Moraes”.
Bolsonaro foi preso preventivamente
Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã do sábado (22) após suposto risco de fuga durante a vigília organizada por seus apoiadores na noite anterior, além da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. No documento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, indica que o ex-presidente poderia buscar abrigo na Embaixada dos Estados Unidos, que fica a aproximadamente 13 quilômetros de seu condomínio em Brasília.
O ex-presidente passou por uma audiência de custódia às 12h deste domingo (23), na Superintendência Regional da Polícia Federal do Distrito Federal. A Justiça condenou o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão por supostamente liderar a organização do alegado plano para se manter no poder após as eleições de 2022, mas a prisão preventiva não marca o início do cumprimento da pena por golpe de Estado.
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