O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã afirmou neste sábado (20) que suspenderá “efetivamente” a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) caso as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam reimpostas ao país.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a retomada das sanções após considerar que Teerã tem desrespeitado os compromissos assumidos em um acordo de 2015 no que diz respeito ao programa nuclear iraniano.
No mês passado, o trio formado por França, Reino Unido e Alemanha, conhecido como E3, abriu um processo de 30 dias para reimpor as sanções ao Irã, argumentando que, desde a saída dos EUA do tratado, durante o primeiro mandato de Donald Trump, o governo iraniano tem descumprido as normas referentes ao não desenvolvimento de armas nucleares.
Uma dessas normas diz respeito à retomada das inspeções da AIEA no país. Os trabalhos da agência no Irã foram suspensos após a guerra em junho, em que Israel e EUA atacaram as bases nucleares iranianas.
Na semana passada, os dois lados chegaram a um entendimento quanto à retomada das inspeções, porém, ainda sem uma previsão de início dos trabalhos.
Enquanto isso, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou hoje que o país superará qualquer punição aplicada via “snapback”, mecanismo acionado pelo E3 para reimpor as sanções suspensas.
“Eles não podem nos parar. Podem atacar nossas instalações nucleares de Natanz ou Fordow, mas não percebem que foram seres humanos que construíram e reconstruirão Natanz”, afirmou Pezeshkian em declaração à mídia estatal iraniana.
O Irã nega que tenha pretensão de desenvolver uma arma nuclear e declara ter o direito de enriquecer urânio para fins pacíficos.
@mesquitaalerta – Aqui, a informação nunca para.