A imparcialidade do Judiciário está em xeque mais uma vez. O juiz Jessé de Andrade Alexandria, titular da 4ª Zona Eleitoral de Natal, responsável pelo julgamento que pode cassar o mandato do prefeito Paulinho Freire (União) e da vice Joanna Guerra (Republicanos), tem um histórico preocupante de postagens nas redes sociais em apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, há registros de publicações críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores. A revelação levanta questionamentos sobre a imparcialidade do magistrado e o impacto de suas convicções políticas em decisões judiciais.
ASSOCIAÇÃO DE MAGISTRADOS DEFENDE POSIÇÃO DO JUIZ
A Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte (Amarn) saiu em defesa de Jessé de Andrade. Em nota, a entidade afirma confiar na “independência, ética e imparcialidade” de seus membros e que juízes também têm o direito de ter convicções políticas. O documento, assinado pelo presidente da Amarn, juiz Artur Cortez Bonifácio, minimiza a conduta de Jessé, argumentando que não há militância político-partidária entre os magistrados.
Porém, a questão central não é se juízes podem ter opiniões políticas pessoais, mas sim se essas convicções afetam a imparcialidade das decisões judiciais. O magistrado que julga um processo eleitoral de extrema relevância pode estar influenciado por suas preferências políticas? A sociedade potiguar deve confiar que uma decisão será tomada de forma neutra, sem interesses ideológicos?
IMPARCIALIDADE EM RISCO?
A postura de um juiz responsável por uma ação de grande impacto político deveria ser exemplarmente neutra. Contudo, ao demonstrar abertamente preferência política por um lado da disputa, a dúvida sobre sua isenção no julgamento se torna inevitável. Como confiar na decisão de um magistrado que já se posicionou publicamente contra um dos lados?
A defesa da Amarn não convence aqueles que cobram transparência e isenção no Judiciário. Se não há problema em um juiz demonstrar preferência política, por que esconder esse comportamento ou minimizar sua relevância? O caso reabre um debate importante sobre a necessidade de maior rigor na atuação de magistrados, especialmente em processos eleitorais.
Diante dessa situação, a população de Natal e do Rio Grande do Norte precisa se perguntar: as decisões do nosso Judiciário estão sendo tomadas de forma justa ou contaminadas por interesses políticos?
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