Os contratos futuros de ouro se beneficiaram de uma conjuntura política e fiscal conturbada em algumas das principais economias do mundo e encerraram esta terça-feira (7) acima dos US$ 4 mil por onça-troy, marca psicologicamente relevante para o mercado. O metal precioso já contabiliza valorização acima de 15% desde o fim de agosto e acima de 50% no acumulado do ano.
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos futuros de ouro com vencimento para o mês de dezembro encerraram em alta de 0,71%, a US$ 4.004,4 por onça-troy.
Sem catalisadores novos na sessão de hoje, tirando a continuidade da paralisação (“shutdown“) do governo americano, o ouro ainda se beneficia da crise política e orçamentária na França e da aversão à eleição de Sanae Takaichi como líder do partido governista no Japão.
Diante do rali do ouro, o Goldman Sachs elevou a projeção para o metal precioso para o final de 2026 de US$ 4,3 mil para US$ 4,9 mil.
A expectativa dos profissionais do banco é de que as compras do ativo por bancos centrais atinjam de 80 a 70 toneladas até o fim do ano que vem e que a participação de investidores em ETFs ocidentais aumente à medida que o Federal Reserve (Fed) cortar os juros. O cenário-base da instituição financeira para política monetária é de uma redução nos Fed Funds de 1% até meados do ano que vem.
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