O aumento do preço dos ovos tem surpreendido os consumidores potiguares, que já enfrentam dificuldades com o alto custo da alimentação. Em Natal e região, o preço da caixa com 20 ovos subiu de R$ 15,00 para R$ 21,00, um aumento de 35% em apenas um mês. Esse reajuste faz com que muitas famílias reconsiderem suas escolhas alimentares, pois até essa alternativa, antes considerada acessível, está pesando no bolso.
Por que os ovos ficaram tão caros?
Diferente de outros momentos em que o aumento dos preços se deu pela escassez de produto, especialistas apontam que essa alta não está relacionada à falta de ovos no mercado. Pelo contrário, a produção cresceu, com aumento no número de galinhas poedeiras e maior oferta de ovos.
Os principais fatores para essa alta são:
- Aumento do preço da carne: Com o bife mais caro, a população tem buscado os ovos como substituto proteico, elevando a demanda e pressionando os preços.
- Maior poder de compra do consumidor: O crescimento econômico recente aumentou o consumo de ovos no Brasil.
- Altas temperaturas e impacto na produção: O calor extremo afetou a produtividade das aves, reduzindo a eficiência na postura dos ovos.
- Elevação dos custos de produção: O preço da ração para as aves subiu, impactando diretamente o custo final do produto.
- Exportação recorde: Em janeiro de 2025, a exportação de ovos cresceu 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram em um terço suas importações de ovos brasileiros devido à crise de gripe aviária que afetou suas granjas.
O que esperar dos preços nos próximos meses?
Apesar de a demanda interna continuar alta, especialistas preveem que os preços possam se estabilizar nos próximos meses, mas não há expectativa de redução significativa. Em março, uma nova regulamentação entrará em vigor, exigindo que todos os ovos vendidos ao consumidor tragam informações na casca, como data de validade e registro do produtor, o que pode gerar novos custos para os produtores.
Enquanto isso, os consumidores do Rio Grande do Norte tentam se adaptar. Luiz, um dos entrevistados para a matéria, revelou sua estratégia: “Agora eu misturo tudo no carrinho: um pouco de frango, carne de porco e ovo, mas até o ovo eu preciso pesquisar promoções”.
A situação reforça a necessidade de planejamento e pesquisa de preços para evitar impactos ainda maiores no orçamento das famílias potiguares.
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