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Petro fala em “cenário de guerra” e critica ações dos EUA

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou nesta quarta-feira (8) as operações navais dos Estados Unidos no mar do Caribe, afirmando que o governo americano abriu um “cenário de guerra” na região.

Segundo Petro, os ataques realizados nas últimas semanas contra embarcações, que ele chamou apenas de “suspeitas de tráfico de drogas”, teriam causado a morte de cerca de vinte pessoas, e, conforme disse o colombiano, há “indícios” de que uma das lanchas destruídas seria de seu país.

Em mensagem publicada em sua conta no X, Petro compartilhou uma postagem do senador democrata Adam Schiff, que anunciou planos para votar, junto ao também democrata Tim Kaine, uma proposta que visa bloquear o uso das Forças Armadas americanas “para levar a cabo ataques contra embarcações no mar do Caribe”. Segundo Schiff, “o Congresso não autorizou esses ataques. Eles são ilegais e colocam os Estados Unidos em risco de serem arrastados para outra guerra”.

O presidente colombiano endossou a declaração, afirmando que o senador “está certo”. Ele acrescentou que levará o mesmo posicionamento às reuniões que realiza nesta semana com autoridades europeias em Bruxelas.

“Agora me encontro em uma reunião com os governos europeus e direi o mesmo. Se abriu um novo cenário de guerra: o Caribe”, escreveu. Petro também afirmou que há “indícios de que a última lancha bombardeada era colombiana, com cidadãos colombianos em seu interior”, e pediu que “as famílias dessas pessoas apareçam e denunciem”.

As declarações ocorrem em meio à operação militar lançada pelo presidente Donald Trump no final de agosto, com o argumento de combater o narcotráfico na região. O envio de embarcações e aeronaves de guerra ao Caribe foi classificado por Petro e pelo regime de Nicolás Maduro como uma “ameaça” e possível prelúdio de um ataque contra a Venezuela. Trump, no entanto, defendeu a iniciativa, afirmando que os Estados Unidos estão em um “conflito armado” contra os cartéis de drogas.

As tensões entre Petro e Washington têm aumentado nos últimos meses. O líder colombiano vem criticando abertamente a política americana de combate às drogas, as ações de Trump contra a imigração e o apoio dos EUA a Israel. As divergências se agravaram no fim de setembro, quando o governo americano revogou o visto de entrada do presidente colombiano.

Durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Petro já havia afirmado que a chamada guerra às drogas seria, na verdade, uma “estratégia dos poderosos que precisam da violência para dominar a Colômbia e a América Latina”. Nesta quarta, ele voltou a reforçar a crítica, dizendo que “não há uma guerra contra o contrabando, há uma guerra pelo petróleo e deve ser detida pelo mundo”. Concluiu afirmando que “a agressão é contra toda a América Latina e o Caribe”.

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