O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão definitiva de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “Dama do Tráfico”, por envolvimento direto com o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do Brasil. A condenação, anunciada no final de janeiro, determina uma pena de 10 anos de reclusão em regime fechado.

O crime organizado infiltrado na política

Em novembro de 2023, a presença de Luciane nos ministérios do governo Lula gerou polêmica. Durante visitas a Brasília, ela chegou a participar de encontros e teve despesas pagas pela União, o que levantou suspeitas sobre suas ligações com figuras políticas do atual governo. Fotografias de Luciane ao lado de deputados de esquerda circularam nas redes, aumentando a repercussão do caso. Na época, o PT tentou descredibilizar a denúncia, classificando as informações como fake news.

Porém, a recente decisão da justiça confirma o envolvimento direto de Luciane com o crime organizado. Seu marido, Clemilson Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, já cumpre 30 anos de prisão por tráfico de drogas e outros crimes violentos.

Atuação no crime organizado

Investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Amazonas apontam que Luciane desempenhava um papel financeiro estratégico para a facção, atuando na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Em documentos apreendidos, seu nome aparece ligado a diversas operações financeiras suspeitas.

Já seu marido, Clemilson, conhecido no mundo do crime pela violência, foi flagrado em imagens portando metralhadoras de guerra de alto calibre, capazes de derrubar helicópteros. Esses elementos reforçam a periculosidade da organização que ele comanda.

Repercussão e dúvidas sobre segurança institucional

A condenação de Luciane levanta questionamentos sobre como figuras ligadas ao crime organizado conseguiram acesso a instâncias do governo federal. A oposição cobra explicações sobre como uma pessoa com fortes ligações ao Comando Vermelho conseguiu se aproximar de parlamentares e ministros sem levantar alertas da inteligência brasileira.

O caso gera repercussão nacional e coloca em cheque a segurança das instituições públicas diante do avanço das facções criminosas no Brasil.

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